Duas decisões tomadas pelo Tribunal Superior  Eleitoral, agora à  noite, devem ser destacadas aqui. E devem servir para que os  representantes do Ministério Público Eleitoral reflitam e vejam o que  está se tornando sua atuação perante não apenas os olhos do Judiciário,  mas diante de toda a Nação.
Na primeira delas, os ministros do TSE negaram – por unanimidade –  representação do MPE que atacava blogs pró-Dilma. o relator, Ministro  Henrique Neves, disse que “a internet é, sem dúvida, o maior espaço já  concebido para o debate democrático”, aformando que os blogs e outros  mecanismos são importantes veículos que permitem o debate de ideias e  troca de informações o que é elemento essencial à democracia. “Isso,  porém, não significa dizer que em nome dessa liberdade de expressão tudo  possa ser estampado”, afirmou.
Segundo o ministro, se alguém se sentir ofendido por conteúdo  veiculado em determinada página – e foi que sim, mas isso era ação do  suposto ofendido, não do MPE –  por algo que  houvesse  sido postado por  terceiro que não seja o responsável pelo site, “o ofendido poderá  notificar o provedor de conteúdo sobre a ofensa, para que o provedor  possa tomar as providências. Caso o provedor ignore a notificação,  poderá ser responsabilizado judicialmente junto com o autor da ofensa.
“Manifestações de apoio, ainda que expressas, ou revelações de desejo  pessoal que determinado candidato seja eleito, bem como críticas ácidas  que não transbordem para a ofensa pessoal, quando emandadas de pessoas  naturais que debatem política na Internet, não devem ser consideradas  como propaganda eleitoral”, disse Henrique Neves.
O MPE, que se empenhou em “caçar” os blogs, porém, não foi o autor de  uma ação julgada procedente pelo Tribunal. É a movida – outra vez –  contra os anúncios de Serra nos horários do PSDB. O ministro Aldir  Passarinho J.r, corregedor-geral eleitoral, deferiu liminar que suspende  imediatamente, uma  inserção nacional veiculada no último sábado  pelo  partido considerada  propaganda eleitoral antecipada por divulgação da  imagem pessoal do pré-candidato à presidência da República, José Serra.
Mas não foi um pedido do MPE, como o MPE não pediu punição ainda para  o PPS, que fez propaganda flagrantemente ilegal de Serra no seu  horário, no dia 10, muito menos contra o PTB, que fez o mesmo na última  quinta feira. O pedido foi feito pelo Partido dos Trabalhadores, que  agora passou a agir com mais energia, com todo o meu aplauso.
A cara de pau foi tanta que o slogan nos “comerciais” era : “Quem  compara vai de Serra”.
A candidatura Serra viola sistematica e deliberadamente a lei porque  sabe que não há reação enérgica e porque sabe que vai contar com a  complacência da mídia. Por afirmações subjetivas, que foram  interpretadas como campanha, a imprensa dizia que Lula “esbofeteava” a  justiça eleitoral e algums colunistas diziam que o TSE “não tinha  coragem” de tomar uma providência mais enérgica. Ah, a aos blogeuiros,  chamavam-nos “de aluguel”…
Com Serra fazendo propaganda aberta, violando texto explícito da lei,  aparecendo em programas onde não pode estar limitam-se a registrar numa  notinha e pronto…
Enquanto isso, o MPE prioriza a repressão a possíveis propagandas de  blogs, de audiência modesta e, sobretudo, voluntária e deixa de agir com  presteza, e até de agir,  para evitar a contumácia da transgressão,  contra programas e inserções em rede de televisão, que atingem milhões  de brasileiros, querendo ou não querendo eles, na programação das  emissoras.
Mas contra isso, o MPE age lentamente. Empenho, mesmo, está tendo até  em recorrer de sentenças absolutórias contra Lula, como a que conseguir  reformar hoje, impondo-lhe nova multa.
Copiado do Blog do Investigador de Polícia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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