O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP), culpou neste sábado (12) as restrições orçamentárias da Prefeitura pelas dificuldades ocorridas nos últimos dias no serviço de limpeza urbana da capital paulista.
"A arrecadação caiu este ano.
Ou seja, temos uma realidade orçamentária diferente, que não pode ser menosprezada. Temos outras prioridades, além da limpeza urbana", afirmou Kassab, que participou de um evento no Parque Ibirapuera, zona sul da capital, sobre epidemias, como a gripe suína, rebatizada de influenza A (H1N1) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com ele, as duas áreas prioritárias da gestão são educação e saúde. Kassab afirmou que, mesmo com o declínio na receita este ano, os investimentos nos dois setores aumentaram em relação a 2008.
"Estamos gastando mais na saúde do que no ano passado, assim como em educação. Em algum lugar, temos de gastar um pouco menos Na limpeza urbana, porém, não estamos diminuindo. Estamos mantendo o nível do ano passado", disse.
Em 2008, as áreas de saúde e ensino receberam juntas cerca de R$ 6 bilhões da administração municipal. Para 2009, a meta do Poder Executivo municipal é gastar, aproximadamente, R$ 903 milhões em limpeza, o mesmo volume de 2008.
"Ao final da gestão anterior, os gastos com limpeza urbana eram de R$ 613 milhões, e muitos falavam que era um valor elevado. No ano passado, gastamos R$ 903 milhões. Só falta alguém achar que deveríamos aumentar os gastos. Até poderíamos, mas temos uma realidade orçamentária", afirmou.
Apesar de reconhecer a importância do serviço de asseio público para uma cidade com mais de 11 milhões de habitantes, como São Paulo, o prefeito afirmou que é necessário cuidado do poder público nessa questão para que os gastos não fujam do controle.
"Se não tomarmos cuidado, estaremos pagando mais de R$ 1 bilhão em limpeza urbana e empreiteiras. Nada contra essas empresas, mas existe um limite para esses valores", justificou. Kassab negou que o Executivo municipal tenha pedido auxílio dos fiscais da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para a fiscalização do despejo ilegal do lixo pelo município.
O prefeito de São Paulo disse que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) executará essa tarefa em cooperação com o município. "Não é a CET e sim a Guarda Civil Metropolitana. Já está tudo coordenado com a Secretaria da Subprefeitura para que parte do efetivo participe desse projeto de fiscalização, especialmente em relação aos pontos ilegais de despejo de entulhos", declarou.
0 comentários:
Postar um comentário